É frequente perguntarem-me porque digo estas coisas, porque escrevo o que penso e o que ganho com isto. Eu respondo que não ganho nada. “Então és parvo!” dizem-me.
Talvez seja… mas gosto de escrever e não quero ver o mundo passar-me ao lado e eu nada fazer para mudar o que não me cai no goto.
Se consigo mudar alguma coisa? Não sei. A maior parte das vezes não. Algumas, certamente que sim.
Quando algo não corre como eu gostaria, quero poder dizer que pelo menos tentei que fosse diferente. Não tenho aquele objetivo paternalista de dizer “Eu avisei…” Se o tiver que fazer, só prova que eu não tive a capacidade de influenciar como arrogantemente pensava.
E vive o mundo assim. Pejado dos que têm razão depois das coisas acontecerem. Dos que tinham – e tinham sempre – a solução milagrosa. Nada disseram. Nada fizeram.
“Então és parvo!”… digo eu agora.