Em tempos era o local onde a esmagadora maioria dos praienses ia comprar as hortaliças, o peixe ou a fruta. Em complemento com a Tamar, o Super Luso ou a Casa Costa, onde se vendiam os produtos de mercearia por excelência, o Mercado Municipal da Praia da Vitória tinha essa função agregadora tão características dos aglomerados urbanos como as vilas ou as cidades.
Com o tempo e o chamado progresso – nem sempre “progressivo” – a Praça (como também é chamado), foi perdendo importância, a qual foi sendo ganha pelas modernas superfícies comerciais como o Modelo Continente ou o Supermercado Guarita restando ao centro histórico o supermercado da Graça com o seu mercadinho e que tantas dificuldades tem tido em ver autorizadas as suas iniciativas de rua. Coisas da burocracia e do excesso de zelo habitualmente aplicado só aos mais pequenos.
O Mercado Municipal, mesmo com as obras de modernização realizadas no início do século, tem tido grande dificuldade em reafirmar-se ou em reconverter-se. O estacionamento é difícil e, apesar de se procurar a diversificação do espaço, algo parece não funcionar. O espaço é agradável e acolhedor. Também não chove lá dentro.
A verdade é que o centro urbano tradicional tem visto a sua área a reduzir-se progressivamente e, hoje, falar da rua da Jesus e da sua dinamização é falar do troço entre a Praça Francisco Ornelas da Câmara e o antigo BCA que, com o seu encerramento, corre-se o risco de o centro histórico ficar ainda mais reduzido.
O que falta então ao Mercado Municipal para que também ele funcione como polo dinamizador do centro urbano tradicional da cidade?