Quando ontem aqui na Rua de Jesus expressava a minha surpresa – e mesmo indignação – por não se estar a falar do futuro da Praia e do seu concelho, particularmente em ano de eleições autárquicas, é porque, para mim, e certamente para a esmagadora maioria dos que aqui escolheram viver, este é um assunto que ocupa uma parte importante das minhas reflexões e que constitui uma grande preocupação.
Vivo neste concelho por opção e por aqui tenciono ficar até ao fim dos meus dias, esperando que os meus filhos aqui tenham as melhores condições para crescer e se desenvolverem como seres humanos à altura do século XXI.
Que futuro queremos para nós? Como queremos ver a nossa terra daqui a quinze ou vinte anos? Como queremos ser conhecidos? Como queremos que falem de nós?
Estas são algumas questões que gostaria de colocar aos candidatos a Presidente de Câmara, independentemente do partido político ou do movimento de independentes que representem. Como sou um otimista e acredito que os tempos vindouros serão certamente melhores que aqueles já passados, estou certo que de todos obteria respostas concretas e esclarecedoras.
Pode parecer uma utopia, mas pretendo confiar que os partidos políticos têm projetos concretos que visam o desenvolvimento do concelho e a melhoria das condições de vida dos munícipes e que irão apresentar candidatos que não andam a sonhar desde pequeninos em ser Presidente de Câmara e tenham como objetivo último construir estátuas de si próprios e ficar na história, mas sim a vontade de transformar a Praia da Vitória numa verdadeira cidade.
Precisamos de respostas…
E se os americanos voltarem? Isso é que era!
E se vierem as low-cost? Ups, já vieram…
E se… e se… e se os outros é que fizessem tudo e nós não tivéssemos que fazer nada…
Bem, já não andaremos muito longe disso. Ao menos, por enquanto, ainda se vai fazendo que se faz.