Jantar num restaurante sem que passes metade do tempo a correr atrás do Jorge ou a segurar na Amélia e a tentar comer ao mesmo tempo e a fazer um esforço para ter uma conversa decente ou mesmo conseguir comer com as duas mãos, aí está uma coisa que não fazia há muito tempo.Como já não sabia o que era estar sentado numa esplanada, à noite, a ouvir música, a conversar e a fazer aquilo que bem quisesse sem poder estar distraído um segundo que seja. Como já não tinha memória de dormir sem ser interrompido pelo choro ou acordar mal o sol nasça por que a Amélia desperta com as galinhas. Como é bom dormir até tarde… sem pausas!
Paz e sossego. Principalmente sossego.
O curioso é que, mesmo assim, aquelas duas alminhas não nos saem do pensamento… e o nosso juízo não sossega quando ouvimos uma criança chorar ou quando, em frente a uma montra, vemos o Ryder, o Zuma e os seus amigos e temos saudades.
Hoje será mais fácil sair de casa. O Jorge não vai dizer que não se quer vestir e a Amélia não fará uma birra porque não gosta de ficar amarrada na cadeira.
É bom voltar a estar livre, nem que seja por uns dias. Mas ser livre sem eles, também já não é a mesma coisa.