O dia foi de mar e rocha negra. A água estava transparente como só a das Quatro Ribeiras. Via-se o fundo, a pedra roliça, o musgo verde e o prateado dos peixes que, ocasionalmente, nos vinham fazer companhia. Esporadicamente, um caranguejo subia apressadamente a rocha de lava e nem as minúsculas cracas o faziam parar. O aroma é inconfundível. Aquele cheiro a maresia nascido do rebentar do oceano contra a pedra vulcânica, tão bem conhecido dos filhos da Atlântida, fiéis de Poseidon.
Depois desta bebedeira de mar, natureza e ar livre, a subida da íngreme escadaria deixa-nos exaustos. É tempo para repousar. Sob a latada da videira sem uvas, a sombra refresca, e a água a correr no leito da ribeira é a banda sonora perfeita para um sono de relaxamento, suave, a repor forças…
Não sei se adormeci ou se me limitei a fechar os olhos, mas foi bom. É sempre bom…